Al Gaddafi fala português

Bookmark and Share
Image description

O Irmão Líder Fala sobre a Ucrânia:
Um verdadeiro problema
CNa medida de possivel, faço comentarios sobre as questões e problemas

Image description
Image description
Image description

Enderecamento do Irmão Líder para os alunos e professores da Universidade de Meiji, Japão

Image description
Image description
Image description

Provocando a Rússia
Cada passo expansionista em direcção ao leste Europeu teve como alvo a Rússia. No início do séc.

Image description
Image description

Declaração do Irmão Líder na Assembléia Geral das Nações Unidas

Image description

O Dilema do Paquistão
A posse de uma bomba nuclear por parte do Paquistão sempre foi algo não desejado nem

Image description
Image description
Image description

Em Cerimônia do Aniversário de Nascimento do Último Profeta, Maomé

Image description
Image description

. Al Gaddafi fala - Portuguese - Investimentos Internacionais e Suprimentos de Petróleo Estão Em Perigo
15.03.2008


A política americana é extremamente perigosa para ambos: América e para o mundo. É uma política de abaixar o templo na cabeça de cada um, incluindo sua própria. Promulgar leis americanas com o propósito de prejudicar outras pessoas irá prejudicar a América também.
É uma “faca de dois gumes” para os obscuros tribunais americanos para sentenciarem à revelia. Tais sentenças, presenciadas por advogados corruptos, visam apenas a confiscar o dinheiro dos outros. Os advogados são cúmplices cujo objetivo é compartilhar os prêmios. Esta faca poderia se virar contra a América. Os investimentos internacionais tornaram-se extremamente cuidadosos. É sabido que “o capital é cauteloso”. Investimentos irão encolher. Liquidez irá secar.
O uso de dólares americanos será evitado para reduzir o risco de taxa de câmbio flutuante. Suprimentos de petróleo, que poderiam ser apreendidos devido às condenações pronunciadas pelos tribunais americanos, devem diminuir até parar. No intuito de evitar o perigo da expropriação americana quanto ao seu dinheiro, os estados não permitirão que seus ativos deixem suas jurisdições. Caso contrário podem ter essas sentenças judiciais aplicadas a eles. Um exemplo prático disto é o que a Líbia fez durante o problema de Lockerbie (Atentado de Lockerbie).
Retirou o seu dinheiro dos mercados da América e de seus aliados. Trouxe de volta o seu dinheiro por medo que fosse expropriado. As empresas americanas petrolíferas retiraram após sustentarem perdas. Se a nova lei americana for aplicada ou tais sentenças judiciais forem executadas, isto poderá acontecer novamente. Irã, Venezuela e outros países podem fazer a mesma coisa e retirar seus investimentos de bancos estrangeiros e de outras empresas. Eles poderiam decidir parar de suprir petróleo e parar de usar o dólar americano.
América, a proponente desta política, será a perdedora. Companhias petrolíferas americanas poderiam ser nacionalizadas, expulsas ou que tenham seus bens expropriados. Elas poderiam ser substituídas por empresas chinesas. Neste caso, também, a América será a perdedora. Isto é mais provável de acontecer se esta política desguiada continuar aumentando e a ser usada como um pretexto de apoderar investimentos fora da América. Isto irá apenas conduzir países com investimentos estrangeiros a trazerem de volta seus investimentos para seus mercados locais. Neste caminho serão capazes de mantê-los como ativos a menos que a América reconsidere sua política destrutiva.


Al Gaddafi Portuguese - A Ilegalidade dos Tribunais Penais Internacionais

Os tribunais internacionais são uma característica de um sistema internacional que se baseia na selectividade e na dualidade de critérios. O que estes tribunais têm em comum é a sua falta de condições legais para a existência de qualquer tribunal.

As condições para a legalidade de qualquer tribunal são bem conhecidas. Tem de ser estabelecido por uma autoridade legítima, cuja legitimidade deriva de um estatuto legal. Os eventos trazidos perante o tribunal devem constituir delitos estabelecidos numa lei prévia que antecede a sua comissão. As punições para tais actos também devem ser estabelecidas nessa lei. A lei deve ser implementada por uma autoridade legislativa legítima. Os juízes do tribunal devem gozar de independência completa e da capacidade de tomar as suas decisões livres de qualquer influência externa. As regras de procedimento do tribunal devem garantir o devido processo para os réus. Os tribunais penais internacionais cumprem estes requisitos? A resposta é não!

De facto, os tribunais penais internacionais que o mundo conheceu foram estabelecidos de uma de duas formas. Foram estabelecidos pelos vencedores de determinada guerra, como foi o caso dos tribunais militares de Nuremberga e de Tóquio, que foram criados pelos Aliados vitoriosos após a 2ª Guerra Mundial, ou por uma autoridade “internacional” de legitimidade dúbia, como foi o caso dos Tribunais Internacionais para a Ex-Jugoslávia e o Ruanda, que foram criados pelo Conselho de Segurança.

Ao estabelecer os tribunais de Nuremberga e Tóquio, no seguimento da 2ª Guerra Mundial, os Aliados invocaram apenas a legitimidade dos vencedores que podem impor os seus termos aos vencidos. Esses tribunais foram criados de forma a garantir a condenação dos seus inimigos, enquanto criminosos, e a absolvição dos seus próprios crimes de guerra. Acima de todos esses crimes encontra-se a aniquilação de centenas de milhares de civis com o uso de uma arma que excedia a necessidade de parar o inimigo, nomeadamente a bomba atómica. Esses tribunais não cumprem nenhum dos requisitos de justiça à vista dos seguintes factos:

• Foram criados pelos líderes políticos e comandantes militares das forças de ocupação. Os seus juizes não eram imparciais. Eles próprios eram os oponentes no campo de batalha. De acordo com os critérios de justiça reconhecidos, não estavam qualificados para desempenhar o papel de juízes, pois eram uma das partes do conflito.

• Os réus perante esses tribunais eram prisioneiros de guerra. Segundo a lei internacional, não podiam ser levados a tribunal.

• Os actos pelos quais os réus foram julgados não eram crimes definidos ou estabelecidos numa lei prévia, tal como exigido pela justiça. A lista de “crimes” foi estabelecida pelos Aliados vitoriosos Ex Post Facto (após terem sido cometidos). Isto é uma violação do princípio da legalidade dos crimes e punições. Também é uma violação do princípio de não-retroactividade da lei.

• O tribunal de Tóquio foi criado por uma ordem especial do General McArthur. Essa ordem pessoal estabeleceu crimes e delitos novos e inventados que existiam apenas na imaginação de McArthur. É desnecessário dizer que o tribunal, sob essa lei, vitimou muitos Japoneses indefesos.

• A definição dos “crimes” dos réus, se é que podem ser descritos como crimes, foi e continua a ser objecto de discórdia entre os países do mundo.

• As sentenças destes tribunais basearam-se em meras suspeitas e dúvidas e não em provas e evidências. Por exemplo, o Tribunal de Tóquio condenou um comandante japonês pelo que considerou serem os crimes dos soldados sob o seu comando nas Filipinas. Foi condenado à morte apesar de não ter sido provado que ele tinha dado quaisquer ordens. Na realidade, ele não poderia ter sabido o que tinha acontecido pelo simples facto de ter fugido do campo de batalha.

Estes tribunais foram uma fraude, cujo único objectivo foi justificar a conduta dos Aliados que excederam o direito legítimo de auto-defesa. A prova para tal é que, ao contrário dos outros Aliados, a Rússia, o país mais devastado pela Guerra, não levou a tribunal nenhum dos comandantes militares alemães na parte da Alemanha que ocupou.

Os tribunais penais internacionais são ilegais. Tal como o são as suas sentenças. As suas vítimas e seus familiares têm direito a serem indemnizados pela injustiça que lhes foi feita. Tem o direito de exigir a sua reabilitação. Os acontecimentos da 2ª Guerra Mundial devem ser levados novamente a tribunais imparciais que reconsiderem a conduta de vencedores e vencidos em pé de igualdade. Os tribunais anteriores não julgaram os crimes cometidos por ambas as partes; limitaram-se a julgar os vencidos. Acima de tudo, os crimes pelos quais foram julgados não tinham sido estabelecidos numa lei anterior. Assim, os tribunais violam a regra jurídica “Nullum crimen, nulla poena sine lege”. (Nenhum crime pode ser julgado excepto no cumprimento de uma lei anterior que estabeleça esse crime).

O mesmo se aplica aos Tribunais Penais Internacionais para a Ex-Jugoslávia e Ruanda. Ambos foram estabelecidos pelo Conselho de Segurança. A legitimidade do Conselho é dúbia. Foi criado da mesma forma e nas mesmas circunstâncias que os Tribunais de Nuremberga e Tóquio. É mais um dos produtos da 2ª Guerra Mundial. Os vencedores criaram o Conselho de Segurança como uma ferramenta para moldar as relações internacionais à sua maneira. Não foi criado pela vontade independente e pela escolha livre dos estados do mundo. Além disso, o Conselho de Segurança executa a lei, não tem o direito de a colocar em vigor. As leis são colocadas em vigor pelos legisladores eleitos pelo povo. O carácter do conselho e as tarefas que emite actualmente são dúbios, porque representam apenas uma minoria. Os estados do mundo não tomaram parte na sua criação. Assim, não tem o direito de levar os seus cidadãos a tribunal. Basta recordar que o Tribunal Internacional de Justiça determinou que o Conselho de Segurança não tinha jurisdição sobre o caso de Lockerbie. Não obstante, o Conselho desconsiderou essa sentença e continuou a abordar a questão de Lockerbie sem qualquer base legal internacional. Ao mesmo tempo, o Conselho não abordou a sentença do Tribunal relativamente às “Actividades Militares e Paramilitares na e contra a Nicarágua”.

O chamado Conselho de Segurança não tem qualquer direito legal para estabelecer tribunais. O Artigo 29 da Carta não pode ser interpretado como concedendo o direito de estabelecer tribunais, sendo apenas autorizado o estabelecimento de órgãos subsidiários. O abuso por parte do Conselho dessa e de outras disposições é uma violação grosseira da soberania dos povos.

Assim, as resoluções do chamado Conselho de Segurança relativas ao estabelecimento de tribunais são nulas e sem efeito sob a legislação e jurisprudência internacionais.

Os actuais tribunais internacionais foram criados tal como os seus antecedentes. O seu objectivo não é julgar todos os que cometeram um crime, mas apenas a parte mais fraca e vencida.

Ao criar os dois tribunais acima mencionados, o Conselho agiu sob o Capítulo VII da Carta. Isto é mais uma prova do seu carácter politizado e da sua falta de imparcialidade.

O tribunal da Serra Leoa também é ilegal. Mesmo tendo sido estabelecido com base num pedido do governo da Serra Leoa, tal não lhe confere as condições jurídicas necessárias para um tribunal legal. Está fora do sistema judicial da Serra Leoa. Os seus estatutos e sentenças não estão sujeitos à supervisão desse sistema pelos seguintes motivos:

• Os Estatutos desse Tribunal foram moldados em parte com base nos chamados princípios de lei internacional derivados dos estatutos e sentenças de outro tribunal ilegal; o de Nuremberga.

• O presidente e o Procurador-geral do Tribunal não são da Serra Leoa.

• Entre os seus juízes encontram-se estrangeiros que não estão sujeitos à soberania nacional da qual o sistema judicial é parte integral.

• As sentenças emitidas pelo Tribunal serão implementadas fora da Serra Leoa.

O Tribunal Penal Internacional (TPI)

O estabelecimento do TPI seguiu as mesmas linhas que os Tribunais Penais Internacionais Militares e Ad-Hoc. Embora estabelecido por um tratado, os seus Estatutos foram baseados nas regras que governam os tribunais internacionais acima mencionados e nas regras dos Julgamentos de Nuremberga. Esta distorção inerente retirou-lhe o carácter de tribunal penal no sentido estritamente legal. Isto é evidente no seguinte:

1. Os Estatutos do TPI permitem que o Conselho de Segurança lhe solicite que pare os procedimentos de qualquer caso que lhe seja apresentado. Mesmo que o Conselho abandone as suas bem conhecidas selectividade e dualidade de critérios no tratamento da paz e segurança internacionais, qualquer relação que possa ter com o Tribunal nega a independência do TPI e retira-lhe o seu carácter de tribunal. Isto deve-se ao facto de o Conselho ter exercido a sua “tutela” sobre o Tribunal mesmo antes de este ter começado a funcionar, adoptando a Resolução 1422, o que constitui uma violação flagrante do princípio de independência do corpo judicial.

2. Até agora, o Tribunal não tem um texto legal internacional acordado por unanimidade que estabeleça os delitos que pode julgar ou a punição para tais delitos. A ausência deste texto leva a que o estabelecimento do Tribunal, com base no princípio de não retroactividade da lei e no princípio de legalidade “Nullum crimen, nulla poena sine lege”, tal como contido nos seus Estatutos, não tenha qualquer valor prático.

3. A jurisdição do Tribunal não cobre o crime de agressão! Esse crime é a base e causa de todos os outros crimes cobertos pela jurisdição do TPI!

4. O Estatuto de Roma menciona os crimes mais graves, mas ignora os menos graves. Trata-se de um grande desequilíbrio do Estatuto. Este desequilíbrio foi causado por ordem de determinados estados.

5. O Tribunal não dá a mais básica garantia de justiça, nomeadamente, o direito dos réus a uma defesa legal. Nesse aspecto não é diferente de quaisquer outros tribunais penais internacionais e tribunais em que a questão da defesa é uma mera formalidade. O tribunal não tem mecanismos específicos para a defesa legal que garanta um julgamento justo aos réus. Na realidade, o rascunho de código de conduta profissional para os advogados e os critérios e procedimentos para a prestação de assistência legal foi adoptado recentemente para satisfazer um requisito formal para que o Tribunal, se é que se pode chamar um tribunal, pudesse começar a funcionar. Foi adoptado sem um estudo para determinar se era adequado para garantir os mais básicos direitos dos réus.

6. O tribunal não será uma excepção ao método de trabalho de outros tribunais internacionais. Como eles, os seus veredictos e sentenças serão baseados em suspeitas, dúvidas e provas circunstanciais. Não será obrigado a assentar as suas decisões em evidências legais conclusivas. O Tribunal foi criado tendo como modelo o Tribunal Penal Internacional para a Ex-Jugoslávia. Esse tribunal condenou os comandantes do Exército Bósnio Sérvio e do Exército Bósnio Croata sem qualquer prova de que eles tivessem dado ordens para que fossem cometidos os crimes de homicídio e tortura pelos quais foram condenados. Aliás, não se provou que qualquer um deles estava sequer no teatro de operações na altura em que esses crimes foram cometidos.

7. O Tribunal não cumpre os requisitos de justiça relativamente à acção judicial com várias instâncias. O facto do Tribunal estar dividido em várias divisões (Instrução, Julgamento e Recursos) não pode ser considerado como as várias instâncias que devem existir em qualquer sistema judicial. O motivo é que estas Divisões estão confinadas aos 18 juízes do Tribunal que são seleccionados pela Assembleia dos Estados Participantes. São os juízes que se atribuem às diversas divisões, seleccionam a Presidência do Tribunal entre eles e são eles que determinam as Câmaras, a sua distribuição e a atribuição de juízes às Câmaras. Também são eles que adoptam as regras de quitação das tarefas do Tribunal. Isto faz parecer mais um corpo administrativo do que um tribunal. Não tem o nível de qualquer tribunal nacional. As falhas do Tribunal, que lhe retiram o carácter legal enquanto tribunal, são ainda mais agravadas pela ausência de uma autoridade de cassação, em que as decisões da sua Divisão de Recursos possam ser contestadas. Em qualquer sistema judicial nacional, existem tribunais de cassação e tribunais supremos para os quais os réus podem recorrer para contestar as sentenças emitidas contra eles nas instâncias inferiores da acção judicial.

Além do acima exposto, um tribunal que está sujeito à influência de uma autoridade internacional de legitimidade dúbia, como o Conselho de Segurança e o das grandes potências, não pode ser um tribunal justo. Mesmo que tivesse sido estabelecido pela Assembleia Geral da ONU, continuaria a não ter legitimidade e legalidade. A Assembleia Geral é composta por funcionários públicos que representam os seus países perante a ONU, não são legisladores, não têm o direito de legislar. A Assembleia Geral da ONU lida com as questões políticas e diplomáticas do mundo. Não tem legitimidade para legislar ou executar leis. A legislação é um direito exclusivo dos parlamentos do mundo ou dos seus representantes. Um tribunal internacional só pode ser legítimo se representantes parlamentares se reunirem em assembleia geral e adoptarem um estatuto ou lei que sirva de base a tal tribunal.

Os tribunais penais internacionais que o mundo conheceu até agora são uma mera fachada. Em vez de promoverem a justiça, distorcem-na pelos seguintes motivos:

• Até agora, não existe um texto legal internacional acordado por unanimidade que estabeleça os delitos puníveis e as punições para tais delitos. A ausência de tal texto dificulta a conclusão de que a lei criminal internacional foi estabelecida com base no princípio da legalidade “Nullum crimen, nulla poena sine lege”, mesmo que essas regras tenham sido codificadas em instrumentos internacionais a começar pela Convenção de Haia de 1899 e subsequentes convenções e tratados internacionais.

• Os estados do mundo ainda não acordaram uma definição precisa do crime de agressão que facilite a determinação de agressores e dos que exercem o direito legítimo de auto-defesa. Além disso, o conceito de guerra agressiva permanece ambíguo.

• Invocar a resolução da Assembleia Geral de Novembro de 1946 que codificou as regras de lei internacional derivadas dos Estatutos e regras do Tribunal de Nuremberga é ilegal. A resolução baseou-se numa premissa ilegal, porque o Tribunal de Nuremberga também é ilegal. Ao codificar as regras da lei internacional derivadas dos Estatutos e decisões do Tribunal de Nuremberga, a resolução corrompeu a lei internacional.

Apesar da sua falta de legitimidade e apesar da sua natureza como um conselho de “emergência”, o Conselho de Segurança continua a ter controlo sobre a forma das relações entre os estados. Assim, o TPI continuará a ser, como o seu criador, um tribunal de “emergência”. Continuará também a ser uma fachada que esconde as más intenções dos estados poderosos contra os fracos. Permitirá aos estados poderosos escapar à autoridade do tribunal, se é que se pode dizer que tem autoridade. Os tribunais nacionais continuarão a ser mais credíveis do que os internacionais. Graças à sua legitimidade e independência, o público continuará a considerar as sentenças dos tribunais nacionais como justas e imparciais. O princípio de jurisdição universal dos tribunais nacionais permite que qualquer estado julgue os autores de crimes de guerra nos seus tribunais, independentemente do local onde esses crimes foram cometidos e da nacionalidade dos seus autores.

A lei internacional ainda não amadureceu. Ainda tem uma natureza consuetudinária que não goza de unanimidade do mundo. Qualquer que seja o seu desenvolvimento, continuará a ser uma lei “entre” estados e não “acima” deles. A soberania nacional dos estados sobre o seu território e cidadãos permanece o critério para a interpretação e aplicação de qualquer instrumento internacional.

Como regra geral, as pessoas têm o direito natural de não serem sujeitas a uma lei em cuja formulação não participaram. Nunca devem ser forçadas a seguir uma lei implementada por uma autoridade sem a sua participação voluntária.




Al Gaddafi Portuguese - Liga Árabe: Ignorando a Realidade ou Desconhendo-a?



A Liga Árabe foi estabelecida na primeira metade do século passado. E eis-nos aqui hoje, no século XXI. O tempo não pára. Os séculos XXII e XXIII chegarão e a Liga estará parada na primeira metade do século XX. Os membros da Liga Árabe entraram oficialmente na Palestina em 1948.

Na altura, a acção era considerada legítima. Actualmente não poderiam fazer tal.
Em 1916, Sharif Hussein foi proclamado rei de todos os árabes, de comum acordo com os países aliados contra o Império Otomano.

Na época, tal facto foi igualmente considerado aceitável.
No presente, quem é que pode proclamar-se o rei dos árabes?
Se alguém se auto-proclamar como tal, isso será inaceitável.
Essa pessoa irá ser considerada insana.

Será objecto de ridículo em todo o mundo, tanto árabe como não-árabe. Um dos filhos de Sharif Hussein foi proclamado rei dos sírios, apesar do facto de os sírios não serem hachemitas. Isso, também, foi considerado aceitável na época. Quando os invasores franceses o expulsaram da Síria, foi proclamado rei de outro país árabe, o Iraque. No início do século passado, isso era perfeitamente aceitável.

Nessa época, um homem como Abdul Aziz ibn Saud conseguiu mobilizar forças e fazê-los sair de Al Dar’iya, a sua terra natal, apoderar-se de todas as outras partes da Península Árabe pela força das armas, independentemente da sua afiliação, hachemita, iemenita ou outros. Actualmente, se o monarca saudita decidisse anexar um emirado pequeno como Ajman ou Ras Al-Khaima, o mundo ficaria indignado e enviaria exércitos poderosos para abandonar os seus planos. A reacção do mundo à anexação do Koweit pelo Iraque é o caso em questão. Farouk era o rei do Egipto e do Sudão. Tal era perfeitamente aceitável e considerado legítimo.

Os árabes do presente não prestam atenção aos apelos dos irmãos árabes quando procuram refúgio dos seus inimigos. É concedido agora aos árabes asilo em países estrangeiros, uma vez que os países irmãos árabes lhes negam isso. No passado, não era o caso: era dado asilo e protecção aos árabes noutros países árabes. Presentemente, graças à ordem estabelecida pela Liga Árabe, isto é políticamente inaceitável.

Se uma potência estrangeira ocupasse o seu país, não encontraria assistência em nenhum estado membro da Liga Árabe. Os líderes da resistência face à ocupação movimentavam-se livremente dentro do mundo árabe. Era-lhes assegurada protecção e apoio oficial. Incentivavam-se donativos em apoio à luta armada. Qualquer pessoa podia voluntariar-se para aderir à luta. Hoje tudo isto é proibido pelos poderes instituídos.

Nasser defendia a unidade árabe. Era apoiado, e posteriormente rivalizado, pelo Partido Socialista Árabe Baath. O facho passou depois à Revolução Líbia, a qual teve iniciativas arrojadas e fez tentativas corajosas para transformar os sonhos nacionalistas em realidade, até despontar a nova era da globalização e das entidades gigantescas.

O mapa do mundo começou a tomar uma nova forma com base no pragmatismo de novas e gigantescas entidades demográficas, tais como a União Europeia, a União Africana, a ASEAN/Sudeste Asiático, a Comunidade dos Estados Independentes, a nova Commonwealth (Comunidade Britânica), o Grupo de Xangai, a Organização Sul-Asiática e a NAFTA (Acordo de Livre Comércio da América do Norte), a qual constitui uma entidade que se estende do Canadá ao México. Estas novas entidades não tomam em consideração a raça, religião, língua ou cor.

Este novo mundo não reconhece laços emocionais ou culturais uma vez que não são práticos, pragmáticos ou de valor económico. As novas entidades não podem basear-se na religião, nacionalismo, cor ou até mesmo língua. A única base é regional, uma área cujas infra-estruturas podem ser ligadas entre si. Criam, deste modo, um mercado único, uma união aduaneira única, um visto único e uma rede única de transportes e de estradas. Esta integração serve os interesses da região envolvida e fortalece a sua posição de negociação perante entidades similares. Aumenta, igualmente, a competitividade na região.

Os árabes pertencem à mesma raça. Falam a mesma língua e partilham a mesma cultura. A maior parte dos árabes aderem à mesma doutrina.

É um facto incontestável. Contudo, geograficamente, encontram-se divididos entre a África, a Ásia e a Península Árabe. Aqueles que se encontram em África são uma parte integrante desse continente. São membros da União Africana, a qual surgiu em resultado da globalização. Por conseguinte, os árabes asiáticos e os árabes africanos têm estado separados devido à natureza da nova era da globalização e das entidades gigantescas. Os árabes africanos serão, no futuro, estados componentes dos Estados Unidos de África tal como os europeus, que fundaram os Estados Unidos da América e se tornaram americanos apesar de as suas origens serem europeias.

Da mesma forma, dois terços dos árabes irão tornar-se cidadãos africanos. No futuro, próximo ou distante, a União Africana irá constituir uma única entidade política, económica, cultural e de segurança. Haverá uma identidade africana unificada a par de uma moeda única, um exército de defesa único, uma política externa única e uma posição de negociação conjunta.

Desconhecemos o que o destino reserva aos árabes asiáticos. É provável que se tornem parte da (ainda por nascer) entidade asiática. Poderão tornar-se membros de várias entidades, umas asiáticas e outras mediterrâneas. Também é possível. O que fica claro é que irão ficar divididos. Irão ser atraídos pela gravidade das entidades maiores. Irão ficar fragmentados. Um destino semelhante espera o Irão e o Afeganistão se não aderirem à Organização Sul-Asiática ou à entidade do Oceano Índico. Se não o fizerem, irão desaparecer ou, na melhor das hipóteses, ser-lhes-á atribuído o papel de amortecedor ou de lubrificante para minimizar a fricção entre as entidades maiores.

Alguns de vós poderão perguntar se é possível aos árabes criarem a sua própria entidade. Responderemos que não é possível. Os árabes de África fazem parte da União Africana. Não é uma questão de escolha. Essa é a realidade e a base da sua sobrevivência. É um imperativo demográfico. África e Ásia são duas entidades distintas. Os árabes africanos encontram-se geograficamente separados dos árabes asiáticos.

As afiliações nacionais e religiosas são inúteis se não estiverem associadas a uma localização geográfica que permita o estabelecimento de uma entidade única com mercado, economia, defesa, moeda, identidade, meio-ambiente e comunicações por satélite únicos e unificados. A Nigéria e a Indonésia partilham a mesma religião. Mas não podem existir laços económicos, de segurança ou de defesa entre si. Tais laços não puderam ser estabelecidos entre o Iraque e a Mauritânia, apesar do facto de os seus povos pertencerem à mesma raça.

Os árabes de África constituem dois terços do número total de árabes. Todavia, e segundo os padrões actuais, são demasiado fracos e em número demasiado reduzido para estabelecer a sua própria entidade. Podem constituir um estado dentro da União Africana. Os árabes da Ásia são igualmente demasiado fracos para constituírem a sua própria entidade. Uma entidade viável exige certos padrões de produção e consumo que lhe permitam competir a nível mundial. Os árabes da Ásia carecem desses elementos essenciais. O mesmo acontece com os árabes de África. A combinação dos dois carece igualmente dos mesmos elementos. Nem o Irão nem o Afeganistão possuem esses elementos, nem mesmo no seu conjunto. Para provar este ponto, basta examinar o produto doméstico bruto de algumas entidades:

O PIB de 15 estados da União Europeia é de 9.25 triliões de dólares.

O PIB do conjunto de todos os estados árabes é de 700 mil milhões de dólares.

O PIB de um estado do sul da Europa como a Itália é de 1.5 trilião de dólares.

Os estudos demonstram que a Itália desapareceria em 30 anos se não fizesse parte da União Europeia, apesar de o seu PIB ser o dobro daquele de todos os membros da Liga dos Estados Árabes no seu conjunto.

Se os árabes tivessem sido capazes de criar a sua própria entidade viável, teriam atingido a sua unidade nacional na era dos estados-nação. Na realidade, o chamado Mundo Árabe ou a Pátria Árabe encontra-se em grave risco de fragmentação étnica e facciosa devido à natureza paradoxal desta era de entidades gigantescas e minorias febris.

Qualquer tentativa de uma acção árabe conjunta ou tentativas em persistir com as estruturas da Liga serão derrotadas pela realidade dos factos. Ser fiel à Liga Árabe revela um desconhecim



Al Gaddafi Portuguese - Caxemira: A Solução Definitiva
16.8.2002


A resolução pacífica da questão de Caxemira é uma necessidade. A solução irá apaziguar as relações turbulentas entre os países vizinhos Índia e Paquistão. Os dois países são verdadeiros irmãos. Estes países, conhecidos como Paquistão e Índia, eram uma única nação sob todos os aspectos, demográfico e outros. Apesar da divisão, permanecem irmãos.

A divisão foi uma conspiração colonial. O poder colonial não queria abandonar uma nação tão forte de grande população, de uma vasta extensão geográfica e de um enorme potencial. Foi o colonialismo que lançou achas para a fogueira do conflito entre as diferentes seitas e comunidades. A prova disto é o facto de, antes do colonialismo, essas comunidades terem vivido em conjunto e de uma forma pacífica no subcontinente indiano.

O culpado dos massacres de seitas e dos confrontos violentos e sanguinários foi o colonialismo britânico.

A conspiração colonialista levou a situação a intensificar-se a tal ponto que a divisão, com base na religião, se tornou a única solução. A própria noção de divisão é uma noção reaccionária e colonialista. Infelizmente, os choques entre os seguidores de várias religiões, o incendiar e o demolir de casas de oração persistem dentro da Índia e do Paquistão, mesmo depois da divisão.

O prolongamento desta fragmentação e os conflitos que dissipam os seus recursos não fazem parte dos interesses das pessoas do subcontinente. É uma ignomínia que continuem a destruir-se uns aos outros.

Todavia, uma solução prática e pragmática irá impor-se em resposta às exigências da era da globalização. O mapa do mundo será redesenhado. Serão criadas novas entidades gigantescas. O estado-nação, que se tornou incapaz de sobreviver na era dos grandes desafios e competição feroz, irá inevitavelmente desaparecer. O novo mapa do mundo irá ser formado numa base geográfica e regional, e não numa base emocional, sectária ou étnica. Os seus novos componentes são as entidades gigantescas, como a União Africana, a União Europeia, a Comunidade de Estados Independentes e a ASEAN/ Associação de Nações do Sudeste Asiático. Os estados do subcontinente indiano irão, por necessidade, reunir-se para formar uma entidade gigantesca semelhante.

Caxemira:

Algumas pessoas desdenham os sacrifícios das outras. Quando alguém dá o seu sangue, ou a própria vida, por uma causa, consideram-no irresponsável. Qualificam aqueles sacrifícios como terrorismo abominável. Essas pessoas não podem actuar como mediadores para a solução da questão de Caxemira ou, sob esse aspecto, qualquer outra questão. As pessoas, muçulmanos ou hindus, budistas ou sikhs, podem sacrificar as suas vidas por aquilo que consideram uma boa causa. Devemos mostrar respeito por esses sacrifícios.

Olhá-los com desdém não irá contribuir para a solução do problema de Caxemira nem de nenhum outro problema.

Tornou-se claro para todo o mundo, e para os povos da região, que existem três entidades distintas: Índia, Paquistão e Caxemira. Esta é uma base firme sobre a qual construir a solução do problema.

As circunstâncias e situações das centenas de estados que constituem o subcontinente eram similares. Agora já não é o caso. Mesmo as similaridades entre Caxemira, Hyderabad e Jonaghad já não existem.

A posição de Hyderabad e Jonaghad foi determinada por plebiscito popular de acordo com os princípios de partilha que dividiram o subcontinente em Índia e Paquistão. É inútil usar o pretexto de que a independência de Caxemira pode dar azo a tendências separatistas em outros estados.

Isto simplesmente não pode acontecer. A posição de todos os outros estados foi definitivamente estabelecida de acordo com os princípios de partilha e de acordo com as subsequentes resoluções do Conselho de Segurança, que estabeleceram o princípio de plebiscito popular. Foram levadas a cabo consultas populares nos outros estados. À luz da existência destas resoluções e princípios internacionais, nenhum governador estatal, ou parlamento local, pode legalmente tomar nenhuma decisão que vá no sentido inverso.

A especificidade de Caxemira:

Apesar de ter a mesma mistura de população (arianos, mongóis, turcos e afegãos) e a mesma multiplicidade linguística das outras partes do subcontinente indiano, Caxemira tem a sua história particular. Foi, inicialmente, caracterizada por conflitos entre budistas e brâmanes. Seguiu-se uma era em que dominava a cultura hindu. A seguir veio o período islâmico, após o Islão avançar para Caxemira.

Uma das características específicas de Caxemira foi a sua venda a uma dinastia feudal sob o domínio colonial britânico. Essa família foi o seu único dono ao longo de quase um século. Por que razão foi dado a Caxemira um maior grau de auto-governo? Por que razão era Caxemira tratada como excepção quando o subcontinente estava dividido em Índia e Paquistão?

Por que razão a posição dos outros dois estados que eram considerados casos excepcionais (Hyderabad e Jonaghad) foi estabelecida enquanto que a de Caxemira ficou por estabelecer? Por que razão o chefe do governo de Caxemira detém o título de primeiro-ministro, como o chefe do governo da Índia? Por que razão Caxemira tem a sua própria bandeira e o seu próprio parlamento? Tudo isto vem provar que Caxemira é única e distinta. A sua história e circunstâncias são diferentes das de outros estados. É contraproducente discutir sobre o número de seguidores desta ou daquela religião.

A questão da religião no subcontinente indiano é espinhosa e de uma extrema complexidade. É a carta jogada pelo poder colonial na sua política de “dividir para reinar” de modo a desmembrar aquela entidade gigantesca e dividi-la em vários países em luta. A Índia não é um estado hindu. É um país multi-religioso. É hindu, muçulmano, budista e sikh. É ilógico descrever cada conflito como sendo entre muçulmanos e hindus. Caxemira não é apenas um estado muçulmano. É hindu, muçulmano e budista e pertence a todas as comunidades que ali vivem. Se a decisão for que os muçulmanos pertencem ao Paquistão enquanto que os hindus pertencem à Índia, o subcontinente tornar-se-á ainda mais fragmentado. Nunca gozará de estabilidade e a solução irá continuar a escapar-nos.

Esta noção ilógica e perigosa deve ser eliminada de uma vez para sempre. Encontra-se na raiz do conflito em Caxemira. Todos os habitantes de Caxemira, quer sejam muçulmanos ou hindus, pertencem a Caxemira. É importante notar que não foi proposta nenhuma solução lógica. Tudo o que é exposto é emocional e desprovido de lógica. Sempre que o problema é debatido, o ponto de partida é um ataque aos seguidores da outra religião.

A introdução da religião no debate constitui uma prova clara da falta de seriedade ao lidar com o problema e com a sua possível solução. Não é na religião, na etnia ou na língua comum que a solução será encontrada.

Apenas pode ser encontrada no interesse comum dos habitantes de Caxemira. Nesta era da globalização, uma doutrina, língua ou etnia comum já não constituem os laços que unem os povos, mas sim os seus interesses comuns. Actualmente, os interesses comuns unem pessoas de diferentes religiões, raças e línguas.

Os laços emocionais são enfraquecidos em comparação com os interesses comuns. Uma tentativa sincera, séria e imparcial de resolver a questão de Caxemira não pode esquecer os interesses dos países à sua volta. Esses interesses são raramente mencionados. Apresentam uma capa de considerações religiosas e emocionais. Caxemira é uma importante fonte de água. Existem quatro países que fazem fronteira com Caxemira.

Estes países têm interesses de segurança estratégica em Caxemira. É injusto apontar a fé religiosa, ou explorá-la, como a única causa do problema sem analisar as outras causas. O povo de Caxemira não pode ser sacrificado no altar de interesses tacanhos e egoístas.

Caxemira deve pertencer ao seu povo. Será um novo vizinho irmão, tanto da Índia, como do Paquistão. Tal como o Nepal e o Butão, irá servir como zona-tampão entre os quatro estados que fazem fronteira com ela. Isto irá fortalecer a paz na região ao criar uma zona de separação entre a Índia e a China, o Paquistão e o Afeganistão. A independência de Timor Leste é um bom exemplo a seguir.

O mapa do mundo conterá em breve nada mais do que entidades gigantescas. Os estados-nação irão desaparecer, perante o facto de não serem já capazes de enfrentar os desafios da globalização. Por conseguinte, a independência de Caxemira não irá causar o terrível impacto que teria causado antes da era da globalização. Caxemira, Butão, Nepal, Paquistão, Bangladesh, Maldivas, Sri Lanka e Índia irão todos ser agrupados numa futura entidade gigantesca do subcontinente indiano, semelhante à União Europeia, União Africana e ASEAN/ Associação de Nações do Sudeste Asiático.

Os estados do subcontinente indiano não terão futuro na era da globalização a menos que se reunam numa entidade que lhes garanta força, numa altura em que o estado-nação já não tem lugar, mesmo sendo tão forte, económica e tecnologicamente, como a Alemanha ou França. A Alemanha, França e outros estados europeus apenas podem sobreviver dentro de uma União Europeia que consegue resistir aos desafios da globalização.

Cada uma das entidades gigantescas, que substituirão os estados-nação e formarão o novo mundo, terá o seu exército único, estruturas de segurança, mercado único, moeda única, banco central único e, fundamentalmente, uma posição de negociação única com as outras entidades gigantescas semelhantes.

O estado-nação já não consegue negociar os trajectos sinuosos do mundo globalizado. Esta é a melhor solução para os povos da região que partilham o mesmo destino. Os métodos reaccionários empregues nos trajectos trouxeram a esses povos nada mais que tragédias e destruição. Viva Caxemira como estado soberano independente, terra de todos os caxemires, muçul



Al Gaddafi Portuguese - A Turquia, a Europa e os apoiantes de Bin-Laden
22.11.2002


Fazer parte da Europa é um interesse económico da Turquia. Também é do interesse do Mundo Islâmico dispor de uma nação Islâmica como a Turquia que lhe sirva como Cavalo de Tróia na União Europeia. Porém, o interesse da Europa é dispor da Turquia como membro da NATO, servindo a essa Organização como colónia e base militar. Não é do interesse da Europa que a Turquia se junte à União Europeia.

A Turquia é uma árvore que tem raízes na Ásia e cujos ramos só ao de leve roçam a Europa. Pelos seus costumes, tradições, história, cultura, conduta e inclinação, a Turquia é um país Oriental, Sunita e Muçulmano. Até o alfabeto Latino que adoptou não é exactamente Latino. Na verdade, corrompeu a ortografia Latina.

A Turquia é o berço do grande Império Hitita. É o centro do extenso Império Otomano e o assento do Califado Islâmico. Historicamente, a Turquia sempre considerou a Europa como um terreno propício à sua expansão e conquista.

Durante 55 anos, a Turquia esforçou-se por ser Europeia. Por razões realísticas bem mais fortes do que qualquer ilusão, fracassou nesse seu desejo.

A adesão da Turquia à União Europeia é comparável à tentativa de transplantar um órgão de um dador para alguém que o recebe sem ter o mesmo tipo de sangue ou qualquer ligação biológica com o primeiro. A única relação que têm é o facto de viverem em lados opostos de uma mesma rua!

A Europa, particularmente a Alemanha, pode beneficiar da mão-de-obra barata oferecida pelos Turcos. Porém, se essa mão de obra provier de um estado membro da União Europeia, obrigará a que lhe sejam concedidos determinados direitos que a Europa não está disposta a ceder.

Que ganharia a Europa se incorporasse um país Oriental atrasado no seu progresso? O rendimento per capita da Turquia equivale a menos de 7.000 dólares por ano. O mais baixo rendimento per capita na Europa é de 19.000 dólares, em Espanha. Na Alemanha, atinge os 26.000 dólares. A mortalidade infantil na Turquia é de 45 por cada mil, enquanto que a dos restantes países Europeus é de 4 por cada mil. A inflação da Turquia é de 70% em comparação com os 2% ou 3% da Europa.

Estas diferenças materiais podem ser superadas com o tempo. O risco a que a Europa não se pode submeter ou tomar é o de ter a Turquia como o seu Cavalo de Tróia.

O problema não reside numa geração anterior de políticos Turcos que continuam a considerar sagrado Atartuk e os seus ensinamentos. O problema encontra-se na nova geração. A juventude, que tem acesso aos canais de satélite e à internet, encontra-se, a cada minuto do dia, a aprender as lições dos sábios mensageiros do Mundo Islâmico e do próprio Bin-Laden. É impossível impedir tal influência.

E se milhares de jovens turcos formarem a sua perspectiva do mundo através da que absorvem a Bin-Laden e dos seus seguidores ou de Mullah Omar e o seu grupo? Digo “se” só para suavizar a ideia. Passarão a considerar a Europa como uma terra de infiéis que nada mais merece além de uma conquista violenta. Não se deterão junto às portas de Viena como os Otomanos fizeram. Ambicionarão atravessar o Atlântico.

Seguirão o exemplo de Uqba Ibn Nafie, o comandante árabe, que se deteve na costa do Atlântico e se dirigiu ao oceano dizendo: ”Se soubesse que existia população a viver na tua outra costa, atravessar-te-ia para conquistá-la e forçá-la a aderir ao Islão”. Uqba não sabia da existência de um continente chamado América localizado no outro lado do oceano. Esses jovens sabem muito bem o que existe além do Atlântico.

Esses jovens opõem-se à abolição da pena capital porque a mesma encontra-se mencionada no Corão. Para mais, consideram que a mão de um ladrão deve ser amputada tal como ordenado por Deus. Os adúlteros devem receber cem chicotadas sem misericórdia. Para eles, estes são os castigos estabelecidos por Deus no seu Livro.

Não aceitam, nem irão aceitar, a proibição imposta a partidos com um nome Islâmico na Turquia enquanto que aqueles que dispõem de nomes Cristãos não são proibidos no resto da Europa.

Os novos extremistas Islâmicos, que assumirão o poder na Turquia e controlarão as suas ruas, não aceitarão juntar-se a uma entidade cuja constituição não mencione a Sharia Islâmica ou os castigos por ordem divina. Acreditando que a contracepção e o planeamento familiar são pecaminosos, irão proibi-los por completo. Assim, podem muito bem obter a maioria no Parlamento Europeu. Com a poligamia, a Turquia pode tornar-se mais populosa do que qualquer outro país Europeu.

Os Islamistas Turcos, apoiados pela Al-Qaeda, planeiam estabelecer estados Islâmicos na Albânia e na Bósnia. A Europa, terra dos infiéis, defrontará a pressão de uma nova frente Muçulmana na Europa que goza do apoio de todo o restante Mundo Muçulmano. A Europa terá de aderir ao Islão ou prestar-lhe tributo. Os Islamistas consideram ser esse o seu dever porque o encontram escrito no Corão. Estes ideais podem parecer ridículos ou risíveis para alguns. No entanto, para os Islamistas esta é a missão que lhes foi atribuída por Deus.

O futuro da Turquia encontra-se nas mãos dos partidos Islamistas e dos apoiantes de Bin-Laden. O número de pessoas que se juntam a partidos Islamistas, principalmente aos recentemente formados na Turquia, é profundamente surpreendente. Dentro de poucos anos, um desses partidos contará com vários milhões de pessoas, incluindo um milhão de mulheres. Bin-Laden e os “Mulahs” serão vencedores felizes se a Turquia aderir à União Europeia.

A adicionar a isso, a Turquia trará consigo para a União Europeia a sua opressiva carga de problemas explosivos tais como a situação Curda, o conflito sectário, a possibilidade de uma guerra pelas águas do Tigre e Eufrates, a sua participação como membro da Organização da Conferência Islâmica e dos G8 Islâmicos, assim como a afiliação Turca e os laços enraizados com os países Muçulmanos da Ásia Central.

Os Seljúcidas, e os Turcos que lhes seguiram, são povos conquistadores. Conquistaram a Anatólia. Conquistaram Constantinopla e os seus exércitos conquistadores chegaram até à Áustria.

Podia optar por não ter feito soar este alarme. Podia ter decidido não colocar a descoberto este cenário aterrorizador. No entanto, a minha responsabilidade de zelar pela estabilidade mundial em geral e pela paz e segurança do Mediterrâneo em particular, obriga-me a revelar o que sei. As costas meridionais do Mediterrâneo são Árabes.

A costa da Líbia estende-se por dois mil quilómetros. Tudo o que acontecer na bacia do Mediterrâneo tem implicações para o meu país. Eu tinha de esclarecer o mundo em relação a esta importante situação estratégica. As suas repercussões atingirão o meu país, a nossa região e farão tremer todo o mundo. Era meu dever falar antes que fosse tarde e antes de tão profunda decisão ser tomada.



Al Gaddafi Portuguese - A Análise do Líder acerca da actual Crise de Terrorismo no Mundo
Este assunto está relacionado com dois aspectos:

1. O ataque aos Estados Unidos da América. A capital política, Washington D. C., e o centro nevrálgico económico, Nova Iorque, foram ambas atacadas por meio de um premeditado, deliberado e minuciosamente planeado espectáculo de temível violência. Este aspecto recai na jurisdição dos Estados Unidos da América. Foi um acto de agressão contra o próprio país. Os Estados Unidos, tal como todos os outros países, têm direito à sua autodefesa de acordo com o Artigo 51 da actualmente paralisada Carta das Nações Unidas. Também dispõem desse direito ao abrigo de outros instrumentos. A autodefesa é um direito legítimo. Os Estados Unidos da América são suficientemente fortes para exercerem esse direito. Não necessitam da ajuda de ninguém para se defenderem ou perseguirem os seus inimigos. São também perfeitamente capazes de justificar as acções por si mesmos. Oferecer ajuda aos Estados Unidos, partindo do princípio que são auto-suficientes, equivale a um hipócrita lamber de botas.

2. O fenómeno do terrorismo não é uma preocupação exclusiva dos Estados Unidos da América. É uma preocupação respeitante ao mundo inteiro. Os Estados Unidos da América não o podem combater sozinhos. Não é lógico, razoável ou produtivo confiar essa tarefa aos Estados Unidos apenas. A mesma requer uma cooperação internacional e uma acção conjunta à escala mundial.
Infelizmente, tem-se sucedido uma ampla confusão e uma leitura profundamente equivocada desta matéria. A cooperação no combate ao terrorismo não é um serviço prestado aos Estados Unidos da América. É um acto de autodefesa para cada um de nós. É uma ameaça para todos nós, independentemente dos Estados Unidos terem sido ou não atacados no 11 de Setembro.

Os Estados Unidos da América não devem recompensar os seus aliados na guerra contra o terrorismo porque combater esse mal não constitui um serviço prestado aos Estados Unidos. É um acto que serve os direitos próprios de cada um. Qual de nós aprecia o terrorismo? Qual de nós deseja viver, ou ver os seus filhos ou país, num mundo onde o terrorismo exerce livre domínio? O terrorismo é um horrendo flagelo.

Uma vez mais infelizmente, tem ocorrido uma grande dose de duplicidade, que levou a equivalente medida de confusão à escala global. Qual é o propósito da nossa acção? Destina-se a ajudar os Estados Unidos da América na sua própria defesa, levando a cabo uma vingança e castigo que vise os que atacaram no 11 de Setembro? Ou destina-se à adopção de um programa internacional para combater o terrorismo e, por fim, eliminá-lo?
Existe uma clara diferença entre as duas situações.

A hipocrisia, o medo e a ganância são as causas desta confusão. Alguns recusaram vincadamente aderir à batalha contra o terrorismo porque essa batalha foi confundida com a defesa dos Estados Unidos da América e tornada em sinónimo de aliança aos mesmos na guerra contra o Afeganistão. Outros apressaram-se a participar no ataque contra o Afeganistão. Não o fizeram porque são contra o terrorismo. Em vez disso, formaram essa aliança porque são contra os Talibãs pelas suas próprias razões. Podem ter aderido à aliança por motivos de ganância, medo ou hipocrisia.
Nesta altura, devemos ser genuinamente transparentes. Aqueles que desejam cooperar ou aliar-se aos Estados Unidos na retaliação contra os seus inimigos, devem declarar essa vontade com clareza.
Esta não é a primeira vez, nem será a última, que os países criam uma aliança para se entreajudarem. Cada estado dispõe do direito a efectuar a soberana decisão de tomar o partido dos Estados Unidos da América contra o Afeganistão ou Bin-Laden, apesar de os Estados Unidos não necessitarem de qualquer ajuda na sua autodefesa ou para se vingarem a si próprios, tal como referi antes. Porém, no que respeita ao terrorismo, o assunto é completamente diferente.
Para combatê-lo, precisamos uns dos outros. Para derrotá-lo, necessitamos de uma cooperação internacional e de uma nova política internacional a longo prazo.

Ainda assim, a questão do terrorismo é tão ampla e complexa que julgo estarmo-nos apenas a iludir ao pensar que podemos alcançar uma solução para a totalidade dos seus aspectos.
Em primeiro lugar, coloquemos a nós próprios a questão: o que é o terrorismo? Estou certo de que todos discordamos quanto à sua definição.

Se, por acaso, alcançarmos livremente uma definição transparente de terrorismo, consequentemente obteríamos os alicerces de um novo mundo livre de terrorismo. Isso seria um verdadeiro milagre!
Contudo, estou certo de que não conseguiremos chegar a acordo relativamente a uma definição de terrorismo. A razão disso é evidente.

O que eu posso considerar como um acto de terrorismo, poderá ser visto como desejável por parte de um adversário meu. São imensas as provas disto. Tome-se como exemplo o seguinte: um jovem foi treinado em Peshawar. Depois, tornou-se activo no Afeganistão. Subsequentemente, os Serviços Secretos Britânicos atribuíram-lhe a tarefa de assassinar Al-Gathafi na crença de que a liquidação da Revolução levaria à rendição da Líbia.
Levaria isso a que fossem depois entregues os suspeitos do caso Lockerbie. Ele tentou levar a cabo a sua tarefa, a partir de um ponto de vista global. Porém, o Todo Poderoso interviu e provocou o congelamento da bomba e o seu fracasso em detonar. Tal ocorrência foi um evidente acto de Deus. Tivesse a bomba detonado, e uma grande quantidade de pessoas, incluído várias famílias inteiras, teriam conhecido a sua morte numa bancada.
O terrorista procedeu a uma confissão completa que englobava tudo o que referi. O oficial dos Serviços Secretos Britânicos também o confessou. Foi um acto terrorista planeado contra mim pelos Serviços Secretos Britânicos, em cooperação com os retornados do Afeganistão.

Aqueles que me consideram como adversário não considerariam tal ocorrência um acto de terrorismo. Pelo contrário, tomariam tal medida como um acto desejável que deve ser incentivado. Não me considero um adversário da Grã-Bretanha ou desse jovem Afegão-Líbio. Vejo-me como uma vítima afectada pelo terrorismo. O outro partido tem as próprias justificações. Por isso, encontramo-nos em desacordo total face à definição de terrorismo.
Falo com absoluta transparência porque nada tenho a temer. Não cobiço o que quer que seja e não sou um hipócrita. Sou a voz de uma consciência genuína e internacionalista. Sei que a situação mundial pode alterar-se, mas isso não aconteceu até agora. É nosso dever alterá-lo de modo a que se torne um mundo melhor.
Por isso, devemos tecer distinções claras entre os planos contra o Afeganistão, aparentemente definidos como reacção directa ao horrendo acto do 11 de Setembro, e o combate ao terrorismo a nível global, situando ambas as medidas nos seus pontos respectivos.

A primeira questão é da responsabilidade dos Estados Unidos da América. A segunda é uma responsabilidade mundial. Não existe desculpa por falta de cooperação, ou mesmo aliança, no combate ao terrorismo assim que concordarmos na definição de terrorismo e das suas causas. O falhanço, ou até mesmo adiamento, de tal medida representa colocar em risco o futuro da humanidade.

Também representa decepcionar futuras gerações.
O terrorismo é um facto. É um acto justificado para aqueles que o praticam. Reside aqui a fonte do perigo. Venha a ser encontrada uma solução satisfatória para a questão na Irlanda do Norte, e isso representará um ponto final naquilo que os Britânicos designam de violência e terrorismo Irlandês, e que o IRA apelida de luta legítima.
Se uma solução idêntica for encontrada para a Questão da Palestina, será colocado um fim àquilo que os Israelitas chamam de terrorismo Palestiniano e ao que os Palestinianos tomam como uma legítima luta armada. A inimizade entre os Estados Unidos da América e os Árabes desapareceria também. Mas encontrar-se-ão entre estas a totalidade das causas terroristas? A resposta é: ”Longe disso.” Existem muitas outras causas. Existem muitos outros grupos que recorrerem ao terrorismo, não só na Palestina e Irlanda do Norte.
Por exemplo, existem grupos que se sentem injustiçados nas Filipinas, Tchetchénia, Caxemira, Tibete, País Basco, Córsega, e os Tamils. Esta não é uma lista exaustiva.

Como podem a Rússia, América e Arábia Saudita concordar na definição da situação na Tchetchénia?
A Rússia considera-a terrorismo e uma afronta à sua unidade. A América observa-a como uma supressão do direito a uma determinação pessoal e dignidade humana. As mesquitas na Arábia Saudita descrevem-na como uma Guerra Santa (Jihad) e rezam pela sua vitória. Eu considero-a uma conspiração contra os Muçulmanos ocorrida na Rússia para isolá-los, diminuir o seu estatuto e privá-los do direito a serem cidadãos de uma potência nuclear. Como cidadãos Russos, abonados pelo direito de um dia ocuparem os mais altos cargos do seu país, os Muçulmanos Russos podem um dia governar esse poder nuclear. Separá-los da Rússia significa privá-los dessa possibilidade. O mesmo aconteceu com os Muçulmanos na Bósnia-Herzegovina. Tornaram-se uma minoria na sua própria república.

Eram cidadãos Jugoslavos. Um deles, Jamal El-Din Padic, foi o primeiro-ministro da Jugoslávia; secundário apenas em relação a Tito, pelo simples facto de ser um cidadão Jugoslavo. Agora, os Muçulmanos não podem alcançar este alto cargo, nem mesmo na Bósnia. Assim sendo, a separação da Bósnia foi uma conspiração e uma catástrofe para os seus Muçulmanos. O mesmo aplica-se à Tchetchénia.

Imaginemos, para satisfazer as necessidades do tópico, que todos esses problemas eram resolvidos. Continuariam, mesmo assim, a existir grupos que recorrem à violência e terrorismo na América do Norte, América do Sul, Europa e Japão. Suponhamos que conseguíamos eliminar também esses grupos, a Máfia e os gangs de narcotráfico continuariam a existir.
Se de alguma forma formos bem sucedidos em superá-los, continuarão a existir outros grupos diabólicos. Existem aqueles que falsificam dinheiro (mais de 500 milhões de dólares contrafeitos encontram-se em circulação), aqueles que fazem lavagem de dinheiro, e aqueles que traficam mulheres e crianças. E que dizer das pessoas insatisfeitas, como é o caso dos que protestam em Seattle, os desempregados, os que foram removidos dos seus trabalhos e os pobres?
Existem também outras causas como populações em crescimento imparável, migração, minorias, o confronto entre religiões e culturas, os cientistas rebeldes, os piratas informáticos e toda a guerra electrónica e os vírus biológicos. A lista é longa.
Lidemos primeiro com a Grã-Bretanha. Alguns acreditam que a juventude, que foi treinada em Peshawar, seguiu para o Afeganistão, juntou-se a Bin-Laden e depois foi espalhada por todos os cantos da Terra, encontra-se representada nos membros de uma organização a que chamam de Al-Qaeda.
Se isso é verdade, somos obrigados a referir que a Grã-Bretanha abriga uma grande maioria desses elementos. Temos prova disso se o mundo desejar cooperar. Iremos realmente atacar as bases de terrorismo e os países que abrigam os terroristas? Não me parece que assim seja, a menos que aleguemos ir atacar todos os países que abrigam terroristas à excepção da Grã-Bretanha.

Com isso, voltamos à dualidade de critérios e violamos o consenso internacional contra o terrorismo. Esta é uma forma fatal de perder a guerra contra o terrorismo. Tony Ben, o mais velho estadista do Partido Trabalhista Britânico e seu principal líder, disse: ”Se os Estados Unidos da América apoiarem Israel por recearem a sua comunidade Judaico-Americana, nós, na Grã-Bretanha, devemos tomar o partido dos terroristas. Porque receamos os mais de sete milhões de Britânicos Muçulmanos.”.
O Chefe dos Serviços Secretos Britânicos falou ainda mais do que Tony Ben. Foi isto que levou os países Árabes a questionar se podiam ser aliados mais próximos dos Estados Unidos do que a própria Grã-Bretanha. Qual é a diferença entre a Grã-Bretanha e o Afeganistão? Vejamos primeiro o que fariam os Estados Unidos em relação à Grã-Bretanha.
A confusão do direito dos Estados Unidos da América retaliarem um ataque terrorista por eles sofrido com o direito colectivo de combater o terrorismo acabará por cancelar a acção internacional. Assim como confundir Bin-Laden, os Talibãs, terrorismo e o Islão.

A urgência de tomar medidas contra o terrorismo numa atmosfera dominada pelo direito de autodefesa dos Estados Unidos, fará com que se torne insignificante a acção internacional e anulará a oportunidade de adoptar um programa global para lidar com as causas do terrorismo e cultivar formas de o combater a nível internacional. O terrorismo é o nosso inimigo comum. Não é apenas inimigo dos Estados Unidos da América.

Não é do interesse dos Estados Unidos confundir uma tarefa e responsabilidade internacional com a sua própria responsabilidade nacional para com a sua população. Creio que o erro reside na tentativa de copiar a Segunda Guerra do Golfo. A mesma não pode ser copiada. O que aconteceu nessa altura não é aplicável à situação actual. Resulta isto da instigação operada pelo longo rol de hipócritas que incentivaram o governo dos Estados Unidos da América a confundir as coisas. Os mesmos incentivaram também a que fossem apressados na resolução de questões que deviam ser adiadas, e que tivessem adiado outras que deviam ter sido resolvidas prontamente.

Qualquer tentativa de replicar o que aconteceu na chamada Segunda Guerra do Golfo constitui um erro. O que aconteceu nessa altura foi a ocupação de um estado por parte de outro. Essa acção não constituía uma afronta aos Estados Unidos da América. Os Estados Unidos não foram o país ocupado. Mesmo assim, o Kuwait apelou à ajuda dos Estados Unidos e do Mundo. Levou isso a que houvesse a necessidade de envolver o mundo inteiro a nível moral e político. Houve também a necessidade de envolver as Nações Unidas por motivos relacionados com a lei internacional.

A premissa indicava que a questão dizia respeito a todo o mundo. Não era apenas uma responsabilidade exclusiva dos Estados Unidos da América. Agora, a situação é diferente. O ataque de 11 de Setembro foi dirigido unicamente aos Estados Unidos. O país tem direito a retaliar e é capaz de conduzir essa retaliação. É inconcebível que os Estados Unidos procurem auxílio mundial para defrontar o Afeganistão ou Bin-Laden. A guerra contra o terrorismo é uma responsabilidade global.

Não consigo imaginar um estado responsável que recuse juntar-se à guerra contra o terrorismo. Mas, hoje em dia, ouvimos falar de estados que concordam em aderir, e outros que recusam a hipótese. O motivo incide na confusão entre a ajuda prestada a um único país contra os seus inimigos e a luta global contra o terrorismo; o nosso inimigo comum.

Somos opositores do Islão? Nós, Árabes e Muçulmanos, cultivamos uma postura Anti-Islão? Será que todos os opositores de Bin-Laden são também opositores do Islão? Todos os que se opõem aos Talibãs mantêm a mesma postura face ao Islão? Esta perspectiva errónea é o resultado da confusão entre o direito de autodefesa dos Estados Unidos e o dever mundial de combater o terrorismo.

Nem todos os que se opõem a Bin-Laden ou à chamada Al-Qaeda são também contra o Islão. Nem todos os se opõem aos Talibãs mantêm essa postura face ao Islão. Pessoalmente, nem me parece que estejamos contra Bin-Laden. Nem sequer estamos contra os seus homens que foram treinados pelos inimigos da antiga União Soviética. Nem sequer estamos contra os Talibãs enquanto uma das facções Afegãs. Opomo-nos apenas à heresia que surgiu nessa região.
Uma heresia semelhante à que emergiu no tempo dos “Califas Correctamente Guiados” e que provocou o homicídio de três desses; Omar, Othman e Ali.

Somos vitimas dos ataques, assassinatos e terror perpetuado por esses grupos que se escaparam dos nossos países para serem mercenários no Afeganistão. Foram até lá para combater o Exército Soviético em nome de outros. Assim o fizeram, apesar do facto do Exército Soviético ter-se dirigido para o Afeganistão após ordem do seu governo pró-Moscovo. É exactamente isto que está acontecer actualmente. Exércitos estrangeiros avançam para as regiões a mando dos seus governos. Esse foi o pretexto invocado por Bin-Laden na sua entrevista televisiva.

Esses grupos voltaram para semear a desgraça nos nossos países. Levaram a cabo uma vaga de matança que aniquilava todos os que cruzassem o seu caminho. Nem as mulheres e crianças foram poupadas. Eles desejavam advogar uma causa que subverte a fé Muçulmana e espalha uma onda de comportamento destrutivo.

Categorizam como apóstatas todos os que não partilham da sua crença. Isto, apesar da indulgência verificada em todos os seus pecados cardeais. Tudo o que querem é avançar inflexivelmente rumo ao desconhecido. Não têm doutrina ou objectivo bem definido. Tudo o que conhecem é a insana to

Advertisement

Пожалуйста, поддержите AlGaddafi.org
Пожалуйста, дайте пожертвование!


Please Support AlGaddafi.org

Are you GREEN? Please Donate to Us!

Image description
Image description

Пожалуйста, поддержите AlGaddafi.org
Пожалуйста, дайте пожертвование!

Пожалуйста, дайте пожертвование!